domingo, 20 de junho de 2010


''O mar muitas vezes me puxa, e há de me puxar incontáveis vezes sem que eu possa recuar, mas naquele instante consegui perceber a estranheza da emoção no contexto, e recuei.
Na areia, menos misturada com as ondas, pude sentir a pergunta e compartilhá-la com o meu coração. Pude tocá-lo. Pude, finalmente, permitir que falasse. Rememoramos, lembrança por lembrança, os acontecimentos mais próximos dali até que, de repente, num determinado ponto, ele marejou, e me contou que eu não estava exatamente irritada, eu estava mesmo era triste.''


Ana Jácomo

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