domingo, 22 de agosto de 2010


Se eu desaparecer, meu bem
Procure-me no além, único porém
Pela praça, pense bem.
Vá à oficina, à padaria, Jerusalém.
Porta de escola, casa de tintas, armazém.

Se eu desaparecer, meu amor
Toque tambor, solte calor, aniquila dor
Recorte passado, chova no molhado
Afina flor.
Borde dança marcada, passeata, licor.

Se eu desaparecer, meu querer
Desespere não.
Tô num vendaval qualquer, abaixo do pé
Nuvem de algodão.


patrícia lage

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