sábado, 2 de outubro de 2010



Felicidade é um reggae bom, curtido com folhas de bananeira, mel e aroma de flor. Tudo doce tal início de paixão que cisma em virar amor. E quando o sentimento aflora, tudo fica que nem cor de pôr do sol refletida no espelho de mar manso, de água quente e ondas suaves. É tudo assim tão doce e ameno. O som invade e eleva, fazendo com que a mente flutue sem muita umidade relativa do ar.

É verdade que nem sempre se pode encontrar um arco-íris no final do pote de ouro. Afinal, quem procura nas jóias o verdadeiro valor, fica cego com o dourado e não enxerga as tantas cores da aurora. Quanto brilho há no sol então? Nessa atmosfera nem sempre se pode ouvir gotas de orvalho beijando o solo. Assim não há como fertilizar o verdadeiro apego. A vida é a maior riqueza.

Não existe sonho perdido. Só para quem ainda não aprendeu a voar. Isso é fácil quando você tem o coração como amuleto. E ninguém toma, pois está dentro do peito atento, no compasso ideal. Me diz, há quanto tempo você não vê um cometa? Se você sempre abrir o guarda-chuva, não vai saber quando é gota d’água ou estrela cadente querendo lhe banhar.

Há tanto aroma na vida e, volta e meia, a brisa traz cheiro de fruta. O problema é quando o óleo queima e entope as nossas narinas. O capitalismo bebe a alma, um mal que não se pode ver. Mas, não cultive tristeza! Pra curar essa enfermidade é preciso pôr os pés descalços na areia e deixar a maresia envolver o corpo. Mergulha de cabeça na maré de positividade, se afogue na vida. Liberdade é banho de mar e despertador quebrado.

bruno cazonatti

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